domingo, 29 de abril de 2012

Síndrome de Rett - Intervenção Pontual


Não existem receitas prontas para se trabalhar com crianças com síndrome de Rett, pois todas as pessoas são diferentes, mesmo dentro da igualdade.
Entretanto apresentamos algumas estratégias que auxiliarão o trabalho pedagógico.
CARACTERISTICAS
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Alteração e mudança na rotina causam ansiedade e insegurança.
Elaborar rotinas consistentes e preparar previamente o aluno para qualquer eventual mudança inesperada.
Dificuldades na interação social e no desenvolvimento de amizades também podem ser superprotegidas por pessoas próximas.
Incentivar interações bidirecionais, ter um amigo na turma, para ser como apoio dentro e fora da sala.
Interesse restrito e fixação por determinada área do conhecimento ou não.
Usar seus interesses para ampliar seu repertório.
Quando fala comenta de seus interesses e fixações com frequência.
Limitar o tempo para falar sobre os seus interesses específicos e utilizar de reforços positivos para ampliar as atitudes desejadas.
Pouca concentração.
Um bom planejamento de atividades auxilia muito, bem como a utilização de sinais não verbais, como um toque, etc.
Dificuldade de compreensão e abstração.
Utilizar imagens como apoio para explicações adicionais.

Nas atividades de educação física em “todo” paciente com Síndrome de RettInter deve-se trabalhar primeiramente a extensão de cabeça e de tronco, para depois, então a criança seja estimulada a começar a rolar, arrastar, sentar... não podemos querer que ela engatinhe, sem que ela consiga fazer extensão  cervical e devem seguir as etapas de evolução, de maturação da criança.

terça-feira, 24 de abril de 2012

SINDROME DE WEST



Em 1841, West em uma carta dramática ao editor do " The Lancet" , apresentou o problema de seu filho com espasmos em flexão que se repetiam diariamente em ataques de 10 a 20 contrações que levaram a criança a um retardo mental, apesar de todos os tratamentos usados e possíveis para aquela época.
Esta síndrome neurológica foi descrita pela primeira vez em
1949 por Vasquez y Turner para sociedade Argentina de Pediatria, com dez casos de uma "nova síndrome" que apresentavam crises nos lactantes, com alterações específicas no traçado eletroencefalográfico (EEG), estando associadas à deterioração mental, as quais propuseram chamar Epilepsia em Flexão.
Em
1952, os autores Gibbs e Gibbs criaram o termo Hipsarritmia (hypos= altura e rhytmos= ritmo) para o registro EEG destes pacientes, o que passou a caracterizar a maioria das descrições desta síndrome. Portanto, trata-se de uma entidade eletroclínica caracterizada por espasmos quase sempre em flexão e por um traçado EEG típico denominado hipsarritmia ou disritmia maior lenta. As crises clínicas têm recebido outras denominações: espasmos saudatórios , espasmo infantil, massive jerks, Blitz und NichtKrampf, tic de salaam e pequeno mal propulsivo.

CAUSAS

A Síndrome de West pode ser dividida em dois grupos, com relação à causa: o criptogênio (quando a causa é desconhecida), onde o lactente é normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável; e o grupo sintomático (de causa conhecida), onde há prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal, alterações ao exame neurológico e/ou lesões cerebrais identificadas por exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc). Em
1991, foi proposta a hipótese da existência de uma forma idiopática, com evolução benigna no tratamento em curto prazo.
Em aproximadamente 80% dos casos a síndrome de West é secundária, o que vale dizer que depende de uma lesão cerebral orgânica. Em muitos casos é possível determinar a etiologia da síndrome: encefalites a vírus, anoxia neonatal, traumatismo de parto , toxoplasmose, Síndrome de Aicardi, esclerose tuberosea de Bounerville. Na presença da Síndrome de West, uma exaustiva investigação deve ser feita: TC ou RNM, teste de testagem de erros inatos do metabolismo. Outro tipo de crises, além dos espasmos, pode estar também associado.

INCIDÊNCIA

Inicia-se quase sempre no primeiro ano de vida , principalmente entre os 4 e 7 meses de idade. O sexo masculino é o mais afetado, na proporção de 2 para 1.

ASPECTOS ELETROENCEFALOGRAFICOS

As características principais e um registro de
EEG com hipsarritmia são:
Desorganização marcante e constante da atividade basal;
Elevada amplitude dos potenciais;
Ondas lentas delta de voltagem muito elevada ("ondas em montanhas");
Períodos (salvas), habitualmente breves, de poliondas e polipontas onda;
Período de atenuação da voltagem que, em alguns casos, parece chegar a silêncio elétrico.
O eletroencefalograma, ao lado do quadro clínico, é fundamental para diagnóstico, recebendo traçado anormal o nome hipsarritmia. O EEG se caracteriza pelo seu aspecto anárquico, com ondas de grande amplitude, lentas e pontas-ondas lentas. Não há ritmo de base organizada.

QUADRO CLÍNICO

A síndrome de West consiste numa tríade de sinais clínicos e eletroencefalográficos atraso do desenvolvimento, espasmos infantis e traçado eletroencefalográfico com padrão de hipsarritmia. As crises são traduzidas por espasmos ou uma salva de espasmos com seguintes características flexão súbita da cabeça, com abdução dos membros superiores e flexão da
pernas (espasmos mioclônico maciço) é comum a emissão de um grito por ocasião do espasmo.
Cada crise dura em média alguns segundos . As vezes as crises são representadas apenas por flexão da cabeça (tique de sabam ou "espasmo saudatório"). As crises são freqüentes particularmente durante a
vigília, podendo chegar até a centena ou mais por dia.
As contrações são breves, maciças, simétricas, levando-se os membros superiores para frente e para fora e flexionando os músculos o abdômen. São crianças hipotônicas. Em princípio, o diagnóstico não é fácil, sendo os espasmos confundidos com cólicas ou com reflexo de Moro. Outra manifestação importante é o retardo mental que, em boa parcela dos casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce do quadro. Diz-se que as alterações e características clínicas e evolutivas desta síndrome dependem das condições prévias do SNC do lactante antes dos surgimentos das crises. Com a maturação da criança , em geral as crises diminuem e desaparecem por volta do quarto ou quinto ano de vida.

EVOLUÇÃO, COMPLICAÇÃO E PROGNÓSTICO

Quase sempre é uma perda de cunho neuropsíquico para criança afetada, esta perda está na dependência da precocidade de diagnóstico e da intervenção aplicada. A hipsarritmia pode desaparecer ou se transformar no decorrer do tempo. A criança apresenta sérias complicações respiratórias, devido aos freqüentes espasmos, deformidades , principalmente de MMSS e MMII. Pode ocorrer subluxação do quadril.
Há possibilidade de remissão total de espasmos infantis considerados criptogéticos, mas não há confirmação científica de remissão definitiva para os casos mais graves associados a outras condições ou patologias neurológicas.
Crianças apresentam sinais e sintomas de dano cerebral podem vir a apresentar um quadro de déficit intelectual a posterior, elas devem ser precocemente estimuladas para diminuir a seu grau de compartimento intelectual e psíquico.
Têm sido assinalados os casos em que o desenvolvimento é normal. Vários autores têm discutido uma associação entre a hipsarritmia e psicose ou entre hipsarritmia e autismo. A deteriorização do desenvolvimento neuropsicomotor está presente em 95 % dos casos. O melhor prognóstico ocorre nos 5% dos casos que permanecem com desenvolvimento mental.
O prognóstico, mesmo nos casos tratados precocemente, permanece reservado, observando-se em 90% dos casos a presença de deficiência mental. Distúrbios psiquiátricos são freqüentes. Outras síndromes epiléticas podem surgir, sendo que 50-60% dos casos evoluem para síndrome Lennox-Gastaut, epilepsia multifocal ou epilepsia parcial secundariamente generalizada.

TRATAMENTO

Tratamento clínico
Há uma grande melhora dos espasmos infantis com uso intensivo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico ) em suas apresentações injetáveis como: ACTHAR ( Corticotrophin) da Rhône Poulenc Rorer Pharmaceutical inc ou a sua forma de H.P.ACTHAR Gel (Repository Corticotrophin injection).
Dizemos que este tratamento pode ser heróico e interromper o quadro convulsivo, porém só deve ser utilizado sob rigoroso controle médico e monitoramento cardiopediatrico, já que os corticóides não agem apenas no SNC, mas todo o organismo da criança, inclusive em seu sistema imunológico. Segundo os autores Zajerman e Medina somente se utiliza esta medicação em casos de Síndrome de West considerados criptogênicos, e não em espasmos infantis resultantes de lesões cerebrais, por exemplo.
Há casos em que a resposta terapêutica pode aparecer em até 48 ou 72 horas após aplicação de uma primeira dose do ACTH, podendo haver uma possibilidade de recidiva de crises nos casos considerados mais graves na dependência da precocidade do diagnóstico e da extensão e gravidade da lesão cerebral associada.
Outros anticonvulsivantes têm sido utilizados, isoladamente ou em combinação nos casos de espasmo infantis, como o Clonazepam, a lamotrigina, o Ácido Valpróico, o Fenobarbital e o Vigabatrin.

Tratamento fisioterápico
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo principal tratar as seqüelas ou tentar diminuí-las o máximo possível. Como as complicações respiratórias existentes, deve-se fazer fisioterapia respiratória.
Outro objetivo é tentar-se evitar as deformidades que surgem ou amenizá-las, fazendo-se mobilização passiva e alongamentos. Devido a hipotonia é preciso que se fortaleça os músculos responsáveis pela respiração.
Objetivos:
Equilíbrio da cabeça
Equilíbrio do tronco
Seguir as etapas de maturação de acordo com cada criança.
Em todo paciente com Síndrome de West precisa-se trabalhar primeiramente extensão de cabeça e de tronco, para que depois, então a criança seja estimulada a começar a rolar, arrastar, engatinhar, sentar, .. .Não podemos querer que ela engatinhe, sem que ela consiga fazer extensão cervical. O tratamento deve ser feito seguindo as etapas de evolução, de maturação da criança.
Os exercícios fisioterápicos devem obedecer as escalas de maturação. Tendo isso em mente, o fisioterapeuta pode inovar e criar novas maneiras de serem realizados de duas formas: Utilizando a bola coloca-se a criança em DV apoiado com cotovelo em cima da bola, e chama-se a atenção da mesma com um objeto a sua frente.
Deitado no chão, também com um
brinquedo à frente.
É importante saber que o tratamento da síndrome de west é igual ao tratamento proposto a criança com paralisia cerebral.

Hidroterapia
Durante a terapia em
piscina, o calor da água ajuda a aliviar a espasticidade, mesmo que o alívio seja temporário. Entretanto, a medida que a espasticidade diminui, movimentos passivos podem ser administrados em maior amplitude com menor desconforto para o paciente. Deste modo a amplitude articular pode ser mantida.
Os movimentos passivos devem ser efetuados lentamente e ritmicamente, começando com o tronco e articulações proximais, gradualmente incluindo as articulações distais. Os movimentos devem a princípio ser de natureza oscilatória e a seguir de natureza rotatória. O tronco e os membros devem ser movidos em padrões de movimento com inibição reflexa. O paciente deve respirar profundamente e calmamente, e o momento do estendimento máximo deve coincidir com a expiração. A principal dificuldade em obter uma fixação estável para ambos os pacientes e o terapeuta. Em alguns casos pode ser necessário um segundo fisioterapeuta para ajudar.

BIBLIOGRAFIA
AJURIAGUERR, J de - " Manual de Psiquiatria Infantil ". Ed Atheneu, 1992 - 2 edição
LIPPI, Jose Raimundo da Silva - " Neurologia Infantil " - 1987.
DYNSKI, Martha Klin - "Atlas de Pediatria".
CAMBIER, J . MASSON, M e DEHEN, H - " Manual de Neurologia" Ed Atheneu - 2 edição

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Síndrome de West




Em 1841, West numa carta dramática ao editor do "The Lancet", apresentou o problema do seu filho com espasmos em flexão que se repetiam diariamente em ataques de 10 a 20 contrações que levaram a criança a um atraso mental, apesar de todos os tratamentos usados e possíveis para aquela época.
Esta síndrome neurológico foi descrita pela primeira vez em 1949 por Vasquez y Turner para sociedade Argentina de Pediatria, com dez casos de um "novo síndrome" que apresentavam crises nos lactantes, com alterações específicas no traçado eletroencefalográfico (EEG), estando associadas à deterioração mental, as quais propuseram chamar Epilepsia em Flexão.
Esta síndrome trata-se de uma entidade eletroclínica caracterizada por espasmos quase sempre em flexão e por um traçado EEG típico denominado hipsarritmia(Anormalidade electrencefalográfica representada por complexos espícula-onda lentos e de alta voltagem, multifocais, observada principalmente em crianças)ou disritmia maior lenta. As crises clínicas têm recebido outras denominações: espasmos saudatórios, espasmo infantil, massive jerks, Blitz und NichtKrampf, tic de salaam e pequeno mal propulsivo.





Etiologia


A Síndrome de West pode ser dividida em dois grupos, relativamente à causa: o criptogênio (quando a causa é desconhecida), onde o lactente é normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável; e o grupo sintomático (de causa conhecida), onde há prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal, alterações ao exame neurológico e/ou lesões cerebrais identificadas por exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc). Em 1991, foi proposta a hipótese da existência de uma forma espontânea, com evolução benigna no tratamento a curto prazo.
Incidência
Inicia-se quase sempre no primeiro ano de vida, principalmente entre os 4 e 7 meses de idade. O sexo masculino é o mais afetado, na proporção de 2 para 1.


Quadro Clínico
A síndrome de West consiste num trio de sinais clínicos e eletroencefalográficos: atraso do desenvolvimento, espasmos infantis e traçados eletroencefalográficos com padrão de hipsarritmia. As crises são traduzidas por espasmos ou uma salva de espasmos com seguintes características flexão súbita da cabeça, com abdução dos membros superiores e flexão das pernas (espasmos mioclônico maciço) é comum a emissão de um grito por ocasião do espasmo. Cada crise dura em média alguns segundos. Às vezes as crises são representadas apenas por flexão da cabeça (tique de sabam ou "espasmo saudatório"). As crises são frequentes, podendo chegar até a centena ou mais por dia.
No princípio, o diagnóstico não é fácil, sendo os espasmos confundidos com cólicas. Outra manifestação importante é o atraso mental que, numa boa parte dos casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce.
Tratamento

Alguns tratamentos úteis para pessoas com a  Síndrome de West são:
    • Intervenção Psicoterápica, Psicomotora, Psicopedagógica e Medicamentosa, dependendo do caso.
    • Tratamento Medicamentoso através do ACTH (hormona Adrenocorticóide)
    • Tratamento Fisioterápico
    • Fonoaudiologia
    • Psicopedagogi
    • Psicomotricidade



segunda-feira, 16 de abril de 2012

O desenvolvimento social de um aluno com Síndrome de Down em situação de inclusão


Marcos é um aluno de 11 anos de idade, com Síndrome de Down, que frequenta o 4° ano do 1º Ciclo do Ensino Básico numa escola regular.


Aos três anos foi matriculado num Centro de Educação Infantil e não teve problemas de adaptação onde estudou até aos 6 anos.

No início do Ensino Fundamental, aos 7 anos, sua adaptação foi conturbada apresentando comportamentos inadequados. Foi para o 2º ano de escolaridade com muitas dificuldades em todos os parâmetros de avaliação.
Para fazer a inclusão de Marcos, a escola fez adequações no currículo, respeitando seu ritmo e estilo de aprendizagem.
É importante que o processo de ensino-aprendizagem seja ativo e participativo, partindo de suas capacidades e procurando diferentes alternativas.
Desse modo, deve-se planejar trabalhos cooperativos que estimulem o sua participação individual e coletiva.
Para realizar a adaptação curricular em relação ao aluno com Síndrome de Down, deve-se considerar as particularidades que afetam o seu modo de receber e processar a informação. As adaptações curriculares devem se fundamentar em:
1. A percepção.
2. A atenção
3. A memória
4. A lectoescrita
5. A psicomotricidade
6. O raciocínio lógico matemático
Além das adaptações curriculares é imprescindível uma relação saudável com os professores, que são solicitados frequentemente por Marcos, tendo que receber amiúde, reforços positivos. Devem ser exploradas todas as habilidades de Marcos para que ele possa ter oportunidades de desenvolvimento.
Desse modo, nota-se que o ambiente vivido por Marcos, deve ser harmonioso e propício para o seu enriquecimento, uma vez que está perfeitamente integrado na comunidade escolar.
Instrumentos de avaliação


Para realizar uma verdadeira avaliação dos progressos do aluno, assim como de seu nível inicial, nem sempre podemos utilizar os mesmos instrumentos com todas as crianças. Do mesmo modo que não podemos dar a uma criança cega um livro escrito, tampouco podemos avaliar uma criança com Síndrome de Down do mesmo modo que ao resto dos alunos. O uso do exame escrito se limitará àqueles alunos que realmente sabem ler, mas obviamente terá que adaptar-se ao nível de escrita do aluno: estudar-se-á se é melhor aplicar perguntas abertas ou tipo teste, por exemplo:

· Nas crianças menores, serão avaliadas as aprendizagens conseguidas mediante a manipulação, aplicação ou uso dos conteúdos trabalhados.
· Serão feitos exames orais, ou serão pedidos trabalhos ou atividades nas qual o aluno demonstre o que conhece.
· Os alunos com Síndrome de Down têm dificuldades na generalização das aprendizagens, de maneira que não os avaliaremos sempre do mesmo modo nem com os mesmos materiais, já que é possível que tenham aprendido em um determinado contexto, sem capacidade para generalizar para outras situações.
· Finalmente dizer que é fundamental a avaliação contínua, e não apenas determinar se um aluno sabe ou não sabe pelo que demonstre em um dado momento, tem que ser ao longo de todo o curso.
A escola onde Marcos estuda, reformulou sua proposta pedagógica ao nível do desempenho do aluno, da avaliação educacional e ao nível das áreas curriculares (cognição, linguagem, motricidade, autonomia e socialização nos anos seguintes.
FATORES QUE FACILITAM O APRENDIZADO
VISÃO:
* Coloque o aluno mais à frente
* Escreva com letras maiores

* Faça apresentações simples e claras
AUDIÇÃO:
* Coloque o aluno mais à frente

* Fale diretamente ao aluno
* Reforce o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos
* Reforce o discurso com material de apoio visual * figuras, fotos, objetos
* Escreva novo vocabulário no quadro
* Quando outros alunos responderem, repita suas respostas alto
* Diga de outra forma ou repita palavras e frases que possam ter sido mal-entendida
SISTEMA MOTOR FINO E GROSSO:
* Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento – todos as habilidades motoras melhoram com a prática.

* Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc.
* Usar um grande leque de atividades e materiais multi-sensoriais.
DE FALA E DE LINGUAGEM:
* Dar tempo para o processamento da linguagem e para responder.

* Escutar atentamente – seu ouvido irá se acostumar.
* Falar frente à frente e com os olhos nos olhos do aluno.- Usar linguagem simples e familiar, com frases curtas e enxutas.
* Reforçar a fala com expressões faciais, gestos e sinais.
* Ensinar a ler e usar palavras impressas para ajudar a fala e a pronúncia.
* Reforçar instruções faladas com instruções impressas, usar também imagens, diagramas, símbolos e material concreto.
* Encorajar o aluno a falar em voz alta na sala dando a ele estímulos visuais. Permitir que eles leiam a informação pode ser mais fácil para eles do que falar espontaneamente.
* O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar suas “ novidades”.- Providenciar várias atividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e táteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas
CONCENTRAÇÃO:
* Use os outros colegas para manter o aluno trabalhando.

* Na hora da rodinha, situe o aluno próximo ao professor (sem sentar no colo!).
* Providencie um quadrado de carpete para que a criança fique sentada no mesmo lugar.
* Trabalhar no computador às vezes ajuda a manter o interesse da criança por mais tempo.- Crie uma caixa de atividades. Isso é útil para as horas em que a criança terminou sua atividade antes de seus colegas, precisa mudar de tarefa ou precisa dar um tempo. Coloque uma série de atividades que o aluno gosta de fazer, incluindo livros, cartões, jogos de manipulação, etc. Isso encoraja a escolha dentro de uma situação estruturada. Deixar que outra criança participe é uma boa maneira de encorajar amizade e cooperação.
  • Obs:
    É importante que, todo material deve ser motivador e guia para o processo de ensino aprendizagem. Também deve:
  • Adaptar-se à idade dos alunos.
  • Ser seguro.
  • Ser resistente e duradouro.
  • Ser de fácil manejo.
  • Ser atrativo.
Para saber mais acesse:
A professora utilizou diferente estratégias para seu desenvolvimento a boa capacidade de Marcos na inter-relação com a comunidade escolar, e empenhando-se em acompanhá lo. Para trabalhar com os aspectos negativos de seu desenvolvimento cognitivo, linguagem expressiva (oral e escrita) e ainda algumas dificuldades na motricidade fina, selecionou alguns jogos e brincadeiras integrando no planejamento de aula.
PRÁTICAS DE SALA DE AULA
ESTRATÉGIAS
*Decida quando a criança deve trabalhar:

*Em atividades com toda a classe.
*Em grupo ou em pares na classe.
*Em grupo ou em pares numa área afastada.
*Individualmente independentemente ou *individualmente com o professor.
*Decida quando a criança deve ficar:
*Sem apoio.
*Com apoio dos colegas.
*Com apoio do professor assistente.
                                                 *Com apoio do professor da turma.


* Faça um Plano de Educação Individual para atingir determinadas áreas que necessitem atenção.

* Produza uma grade de horários visualmente atraente para que a criança entenda a estrutura do seu dia.
LEITURA

A leitura pode portanto ser usada para:

* Ajudar a acessar o currículo.
* Melhorar as habilidades de fala e linguagem.

* Ajudar o entendimento.
ESCRITA

Áreas de especial dificuldade:

* Colocar as palavras em sequência para formação da frase.- Colocar eventos-informação em sequência na ordem correta.
Jogos e brincadeiras

Temas: Atividades:
Atividades domésticas- Brincar de casinha, cuidados com a prole, brincar de família.
Acontecimentos sociais

domésticos ou micro-sociais- Casamentos, batizados, aniversários, velórios, enterros, etc.
Acontecimentos sociais não 

domésticos ou macro-sociais- Missas, passeatas, festa junina, rodeios, etc.
Papéis sociais- Profissões, médico, professora, etc.
Aventura- Brincadeiras de heróis, tesouro, monstros, guerra, polícia e ladrão, etc.
Transportes - Dirigir carros, avião, ônibus, trem, etc.
Esportes- Jogos como futebol, camping e pescaria.
Edificações- Construção de casas, castelos, bolos, estradas.
Manipulação de objeto/
brinquedo com indícios de faz-de-conta- Quando a criança manipula o objeto ou brinquedos temáticos, utilizando as suas funções padronizadas socialmente, não se percebendo um tema explícito que indique a imersão dela em um episódio de faz-de-conta.
Representações apoiadas
em imagens e letras- Inclui episódios de leitura simulada (revistas em quadrinhos e livros infantis) que têm imagens e letras, conversa com a imagem no espelho (quando não conseguimos deduzir qual papel está sendo representado pela imagem no espelho, apesar de notarmos pelo gestos e expressões faciais da criança-participante uma interação com a mesma) e conversa com gravuras e fotos das revistas (apenas imagens de objetos, animais, pessoas, etc.).

Fonte: inclusaoetecnologiasassistivas.com


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Como lidar com crianças autistas na escola



- No início da aula, a transição de deixar o seu pai / cuidador para se tornar parte de seu grupo, é uma forma estressante para criança com autismo. Dica para os professores - deixar pronto todos os materiais e inciar com o brinquedo preferido da criança ou atividades que usão fáceis de fazer. 



- Pergunte ao pai/cuidador antes do início das aulas que atividades favoritas dos seus filhos são, e encontrar uma maneira de trabalhá-las neste momento de transição.



- Materiais como papel machê, cola, tintas de dedo, massinha, argila, etc, pode causar a criança a ter uma resposta negativa. Incentivar o uso de ferramentas (pincel, trincha ou luvas) para as crianças super sensíveis ao toque. Planejar as atividades e estar ciente de certas modificações.

- O aluno que têm um fascínio com os brinquedos de transporte (carro,trem).Propor uma atividade pintura ou modelagem com eles.



As pistas visuais (objetos concretos, fotos) são muito importantes. O ambiente deve ter uma imagem explicando o seu uso e finalidade.

- Coloque imagens em embalagens de itens do que pertence no recipiente. Coloque essas mesmas imagens nas prateleiras onde os recipientes sejam mantidos. Isso é muito reconfortante e acolhedor para uma criança com autismo.

- Ordem e previsibilidade são muito importantes. Essas pistas visuais ajudá-los a prever os efeitos do seu ambiente, e remover o medo do desconhecido. Além disso, a utilização de um programa de imagem ou o nome da criança gravado (mesa, hora da roda e nos materiais).



- Mais uma vez, a previsibilidade ajuda a criança com autismo funcionam suavemente e sem medo e stress. Quanto mais você pode informar a criança com autismo sobre seu ambiente e que vai acontecer a seguir, mais sucesso você terá comportamentalmente.

- Ambiente tranquilo (um cantinho com um tapete no chão, uma cadeira puff ou uma cadeira de balanço para sentar. Criar um espaço maravilhoso para a criança mais agitada acalmar.

- Muitas pessoas com autismo têm dificuldade em filtrar ruídos estranhos. Usando um tapete no chão, vai ajudar a minimizar estes sons.

- Evitar vários cartazes, brinquedos, e outros estimulos. As crianças com autismo, são completamente distraído por estímulo visual. Um educador sábio, que quer a atenção de seus alunos, irá evitar nas paredes vários cartazes.

- Incentivar a ajuda na limpeza e organizar o ambiente é uma ótima maneira para a criança com problemas de integração sensorial para usar seus músculos grandes. Fazer estas crianças para transportar cadeiras pesadas ou livros ajuda a organizar seu cérebro e também tem um efeito calmante sobre o sistema nervoso. 

- Deixar o aluno com autismo ser ajudante na sala de aula. Isso lhes dará mais oportunidades para o movimento que muitas destas crianças anseiam. Carregar os materiais, apagar o quadro-negro, lavar mesa, organizar os brinquedos são algumas idéias.

- Nunca punir uma criança com autismo que procura movimento, tirando um recreio ao ar livre. Isso só vai aumentar a inquietação e explosões. 

- Para as atividades de círculo e de grupo, tentar fornecer puff ou tapete individual, para que o aluno com autismo entende que sua posição é no espaço. Isto proporciona-lhe um limite físico.

- Preparar e organizar o ambiente e os materiais de acordo com nível intelectual da criança com autismo.



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Autismo - Inclusão e Superação


Com a ajuda dos pais, crianças podem reverter distúrbios de desenvolvimento ou aprendizagem

Relato do escritor Fabrício Carpinejar emocionou leitores e inspirou reportagem




Em sua coluna de 17 de janeiro em Zero Hora, o escritor Fabrício Carpinejar conta como enfrentou sérias rejeições quando pequeno, que não conseguia ler e escrever, que a professora recomendou que desistissem de alfabetizá-lo e que o colocassem numa escola especial. O laudo de um neurologista recomendava tratamento, remédios e isolamento, já que ele não acompanharia colegas da faixa etária. Apesar dos diagnósticos, Carpinejar relata como, com o amor e a insistência de sua mãe, venceu os obstáculos e se tornou um escritor de sucesso.
A coluna Retardado aos oito anos emocionou muitos pais e avós no Estado. Carpinejar recebeu cerca de 100 mensagens de leitores com felicitações pelo texto, às vezes acompanhadas de depoimentos de gente que enfrentou ou está enfrentando as mesmas dificuldades.
Qualquer criança em idade escolar está sujeita a não processar as informações que recebe da maneira esperada, podendo apresentar problemas de leitura, escrita e pronúncia das palavras, ou ao prestar atenção em sala de aula. Isso não significa, porém, que ela precise conviver negativamente com o rótulo de portadora de distúrbios de desenvolvimento ou de aprendizagem.
Especialistas na área da educação atualizados com os parâmetros teóricos mais modernos concordam, contudo, que receber uma informação como essa de forma prematura, e, muitas vezes, de maneira equivocada, pode causar estragos para o resto da vida. Novos paradigmas apontam para a ideia de que ninguém é menos inteligente por tirar nota baixa em matemática, ou por não conseguir decorar a tabela periódica: o próprio conceito de inteligência está em mutação
Por isso, diante de uma situação em que um filho se encontra vulnerável, em vez de entrarem em pânico, perguntando-se o que fizeram de errado ou se ele é diferente dos outros, os pais devem entender que a solução pode passar por eles mesmos.
— A maneira como os pais vão lidar com um diagnóstico desse tipo está ligada à forma como eles representam seus filhos dentro de si, tornando-se decisivo na forma como a criança vai superar os problemas — define o psiquiatra Celso Gutfreind, ressaltando que, quando um pai acredita no filho acima de tudo e tem uma imagem positiva dele, transmite confiança, diminuindo o poder do diagnóstico, da "etiqueta" que colocaram na criança.
Um exemplo é a passagem da pré-escola para a primeira série. Nessa fase, algumas crianças estão mais preparadas do que outras para aprender a ler e a escrever. Ao se constatar dificuldades no aprendizado, deve-se prestar atenção para as mais simples alterações emocionais (como ansiedade e medo). A personalidade do aluno e situações mais complexas, como estar enfrentando problemas em casa — pais se separando, irmão nascendo ou bullying na escola — também devem ser considerados.
— Só porque uma pessoa não se encaixa em um padrão pré-determinado ou alguém é incapaz de compreendê-la não quer dizer que ela seja totalmente incapaz — justifica a psicóloga Lisiane Machado de Oliveira Menegotto, doutora em Psicologia do Desenvolvimento e coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Feevale.

Diagnósticos não são sentenças
Décadas atrás, diagnósticos dados pelo setor pedagógico do colégio tornavam-se sentenças definitivas sobre a capacidade cognitiva do aluno, o que marcava para sempre a vida da criança.
— Isso ainda ocorre hoje, mas há um esforço cada vez maior em cuidar para não se rotular prematuramente uma criança — aponta a psicóloga Lisiane Machado de Oliveira Menegotto.
A psicóloga Andrea Rapoport, doutora em Psicologia do Desenvolvimento, explica que o caminho da educação é apostar em um olhar mais apurado sobre o que cada pessoa faz de melhor. Ela cita como exemplo a Teoria das Inteligências Múltiplas, criada por de Howard Gardner (1985), com uma visão de inteligência que aprecia os processos mentais e o potencial humano a partir do desempenho das pessoas em diferentes campos do saber. A teoria se opõe aos tradicionais testes de QI, que avaliam todos pelos mesmos parâmetros.
— Inteligência é a capacidade que nós temos de solucionar problemas, de criarmos dentro da sociedade. Se o sujeito não é bom em matemática, ele pode ser incrivelmente criativo para contar histórias, por exemplo — afirma Andrea.

Como agir
:: Para que escola e família não confundam uma dificuldade de aprendizagem passageira com um distúrbio mais sério de desenvolvimento, observe as atitudes da criança. Muitas vezes, o problema é emocional.
:: Consulte profissionais com especialização em clínica infantil, para realizar uma avaliação e tratar da criança. O trabalho deve ser em conjunto com a escola e a família.
:: Professores e pais devem cuidar ao máximo para não passar a imagem de que a criança é incapaz, inferior aos outros. Deve-se explicar que, sim, ela tem uma dificuldade, e trocar experiência com ela, ver o que que ela acha disso, mostrar que ela tem outras qualidades e que não é definida pela nota do colégio.
:: Aposte no seu filho e confie nele. Afeto e otimismo em relação ao seu futuro farão com que ele ganhe confiança para superar os obstáculos. 

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